Nosso trabalho, nosso legado: uma mudança que deve começar em cada um de nós!

“Our mission in Life is not to prove we’re smart, our mission in Life is not to prove we’re right… Our mission in Life is to make a positive difference”, Peter Drucker

Atualmente, vivemos numa realidade em que o que hoje é aceitável, mas amanhã pode não ser o suficiente! Este mundo disruptivo exige que nos reinventemos de forma constante, pois, para mim, são as pessoas e não a tecnologia que fazem a mudança.

Na prática, as empresas precisam de pessoas que inspiram, que desenvolvem outras pessoas e deixam um legado. Estas mesmas pessoas, podem até ter uma passagem rápida pela nossa vida, mas plantam uma “sementinha” em cada um de nós, que no final, contribui de forma considerável para o nosso desenvolvimento, lapidando sucesso das empresas.

Atualmente falamos muito no “novo normal”, pois, a ideia de que a única permanência na vida é a mudança tem sido cada vez mais aceite e incorporada no mindset das pessoas, principalmente no contexto corporativo, tanto é que, uma das competências que se destaca nos dias hoje a nível da avaliação de um colaborador ou de um candidato é a sua capacidade de abertura e adesão à mudança. E de que mudança estamos a falar? A mudança de entender e atuar como profissionais no setor empresarial para marcar a diferença e deixar um legado e não simplesmente executar tarefas delegadas, cumprir prazos e metas.

A mudança de como os profissionais devem encarar os novos desafios, fazendo-os entender que, mais do que cumprir tarefas delegadas, cumprir prazos e metas, é necessário que marquem a diferença e deixem um legado.

Há bem pouco tempo, esta filosofia não era considerada nem aceite. Com isso, podemos afirmar que tudo muda, tudo flui! Todas as pessoas, todos os dias. Tudo está em constante movimento.

E a questão é, porquê estamos a fazer o que fazemos? Porque estamos onde estamos?

É certo que estamos sempre a transitar do “antigo” para o “novo” a vários níveis: interno e externo, pessoal e profissional, a nível físico, mental e comportamental. Mas, na transição das antigas tendências para as novas tendências, reside o problema da resistência que nós apresentamos perante elas, porque, a principal fraqueza humana é menosprezar a sua própria capacidade de se adaptar ao novo.

O principal obstáculo que nos aflige é que nós acreditamos que não somos bons o suficiente, padecemos muitas vezes da insegurança de não conseguirmos fazer algo bem feito.  

Devido a esta insegurança e resistência, as verdadeiras e autênticas mudanças são quase sempre produto de uma crise (interna ou externa).

Infelizmente, poucas vezes o ser humano muda por iniciativa própria, isto porque o costume, o hábito ou o conforto exerce quase sempre, um maior poder sobre as nossas vidas, em vez do desejo de melhorar (um exemplo é avaliarmos quantos fumadores deixaram de fumar devido a um enfarte, em vez de simplesmente adotar um estilo de vida mais saudável?).

O processo de mudança é pessoal e intransmissível. Cada um tem os próprios motivos para mudar e as inspirações variam de pessoa para pessoa. O único fator comum para todos é que a mudança deve ocorrer primeiramente a nível interno e só depois, a nível externo. Para mudarmos o externo, há que mudar antes internamente. E no momento que dispomos a mudar, é assombroso como o Universo ajuda e trás aquilo que precisamos.

No dia em que valorizarmos o poder do autoconhecimento e do amor próprio como ferramentas indispensáveis para o nosso empoderamento pessoal e profissional, entenderemos que, a limitação não se encontra na nossa capacidade de realizarmos ou alcançarmos alguma coisa, mas sim, na convicção de que somos capazes!

A verdadeira mudança deve iniciar na visão que temos de nós mesmos. quem somos, que melhorias queremos alcançar e como queremos impactar na vida das outras pessoas pelo diferencial que somos.

Independentemente do destino (profissional) a traçar,  podemos basear na Teoria da Evolução da espécie do Charles  Darwin, em que só sobrevive não o mais forte mas sim o mais apto! Aquele que se adapta é considerado o mais flexível! Atenção que estamos a referir ao mais flexível e não ao mais volúvel! O Flexível que muda quando considera necessário ou adequado mudar e não o volúvel que é aquele que muda por qualquer coisa.

A sobrevivência é daquele que percebe que no mundo (do trabalho) não precisa mudar sempre (de lugar, de emprego, de tarefa, de responsabilidade ou de cargo), mas que precisa estar preparado para mudar quando os desafios e as oportunidades surgirem!

A sobrevivência é daquele que entende que não há uma correlação direta entre a sua graduação e a sua atuação. A graduação é uma base para edificarmos a nossa identidade profissional, é uma bagagem onde iniciamos os primeiros conhecimentos, é um ponto de partida e não um ponto de chegada. O mundo do trabalho apresenta hoje uma abertura que permite às pessoas serem polivalentes: aprendendo e atuando em diversas áreas à medida que vão adquirindo outros conhecimentos e capacidades.

Temos que entender que, qualquer negócio pode ser transformador quando as pessoas que o fazem criam mudanças em suas bolhas.

A mudança exige que antes de irmos colher flores, temos que cuidar do nosso jardim e preparar um terreno fértil. O que iremos colher posteriormente não se trata de sorte ou azar, mas de escolhas! Os milagres não acontecem sem uma boa dose de mérito. Contudo, todos temos potencial necessário para sermos profissionais brilhantes, só precisamos saber  o que devemos mudar, e quando implementar a mudança necessária, e observar se estamos confortáveis com aquilo que estamos a colher.

A vida fala através daquilo que nos acontece.