Pensamento estratégico pós pandemia

Quando pensamos em estratégia relacionamos de imediato à origem da palavra, como comando ou arte de liderar as tropas, ou de modo mais simples conotamos com estratégia de jogo. Mas sabemos pela história que as maiores guerras e conflitos não foram ganhas por grandes exércitos, mas antes por único e grande pensador ou estratega. E são inúmeros os exemplos:
Joana D’arc na luta contra a Inglaterra durante a Guerra dos Cem Anos em que se vestiu de Homem para entrar no exército francês e como militar ganhou o reconhecimento do rei. Abraham Lincoln que lutou pela abolição da escravidão. Mahatma Gandhi que conquistou a independência da Índia influenciando mais de 350 milhões de pessoas pois foi a voz de um povo ao mobilizar líderes de vários países com os seus ideais de paz, justiça e igualdade. Martin Luther King um exemplo na luta dos direitos sociais de negros, mulheres e outras minorias. Nelson Mandela na luta pela liberdade e defesa das causas humanitárias. Steve Jobs, o fundador da Apple que mostrou que a cultura organizacional é o ponto-chave para o sucesso.

E recentemente, Angela Merkel passou por dificuldades para se impor como líder dada a sua reconhecida austeridade mas conquistou espaço e credibilidade em todo o mundo.

Todos estes exemplos, para dizer que ninguém conquista nada sozinho! Mas é preciso ter visão e um pensamento de estratega para vencer no mundo com valores supra individuais. Mas tudo começa em si. Como ser único e individual que pensa para além do aqui e agora?

Ultrapassadas que estão as dúvidas e dificuldades que o início desta nova era pandémica nos trouxe, sabemos hoje que conseguimos adaptar-nos a novas formas de trabalho, a novas formas de interacção, a formas diferentes de gerir o nosso tempo e acima de tudo reconhecemos que os profissionais mais bem sucedidos são aqueles que sabem o caminho a trilhar para chegarem onde pretendem (individualmente e na organização que lideram). São profissionais que não tem medo de arriscar e de abandonar os modelos tradicionais para abraçar novas abordagens e seguir o caminho da inovação. A isto chamo de profissionais com pensamento estratégico. E esta é daquelas capacidades que não se ensinam formalmente.

Pensamento estratégico não é mais do que a capacidade de pensar fora da caixa e em grande escala. É preciso ser maior do que nós mesmos para tomar a iniciativa de aprender de por si, de querer investigar mais e mais profundamente. É preciso encontrar soluções mais poderosas ultrapassados os problemas. É preciso buscar o foco, a direcção e o caminho.

Só um pensador estratégico faz esta proeza. Mais do que capacidade ou competência adquirida, pensar estrategicamente é aprender com o passado, pensar o presente e ter boas estratégias para o futuro.

Ter um pensamento flexível e visão, são os ingredientes necessários para reconhecer um profissional como grande pensador ou estratega. E depois vem a cereja no topo do bolo. Um desafio que só está ao alcance de alguns. Daqueles que sabem que o segredo não está em si mas no todo: naqueles que influenciam a sua equipa para desenvolver pensamentos estratégicos em conjunto. Não se trata por isso de inventar a roda mas de reajustar a direcção.

E o resultado só pode ser um: alinhar os objectivos individuais e comuns, com a visão de futuro de cada organização. E isto significa ter aprendido com o passado, significa saber antecipar as mudanças do mercado, saber identificar as oportunidades e prever os riscos.

Uma mentalidade estratégica é aquela que incentiva outros gestores | CEO’s a determinar o melhor uso dos recursos que possuem e a alinhá-los com a sua visão. Uma mentalidade estratégica é aquela que pensa no futuro e sabe tomar decisões que podem impactar no futuro de uma organização. E são estes que estão mais preparados para assumir e responder aos riscos. E são os estrategas do presente que têm uma mentalidade inovadora, que geram os resultados mais significativos, que abrem o caminho para a melhoria continua e para o crescimento, que implementam as verdadeiras mudanças!