Por trás de um Grande Líder há sempre um Grande Ser Humano

Muito se pode aprender para uma função de liderança. Competências e habilidades podem ser desenvolvidas, assim como conhecimento técnico pode ser obtido por meio de bons cursos, processo de coaching ou mentoring.

Talvez o segredo das relações e ao mesmo tempo o mais desafiante seja realmente calçar o sapato do outro. Essa realidade, intrínseca a qualquer relação, não difere no mundo corporativo.

Todo resultado, positivo ou negativo, será apenas consequência de um trabalho realizado por pessoas felizes ou não. Esse deve ser o lema da empresa contemporânea, em que a liderança, mais do que gerir, deve comprometer-se com o processo e dar o exemplo com o desafio de promover a felicidade de seus liderados.

Motivação é a essência

A essência da motivação de um time está em conhecer o que se realiza. Sem este entendimento, qualquer ação cairá na inutilidade, uma vez que as pessoas são motivadas por si mesmas a partir do momento em que passam a entender e participar dos processos e resultados, sentir-se útil.

Por isso além de todas as competências pessoais tão amplamente divulgadas, o líder atual deve ser servidor não apenas em suas ações, mas em seu íntimo. O serviço aproxima as pessoas e revela um interesse genuíno no próximo, demonstrando, acima de habilidades ou conhecimentos técnicos, qualidades relacionadas à educação de cada um.

Muito se pode aprender para uma função de liderança. Competências e habilidades podem ser desenvolvidas, assim como conhecimento técnico pode ser obtido por meio de bons cursos, processo de coaching ou mentoring. A liderança servidora, que eu chamo de liderança humana, está muito ligada aos valores morais obtidos a partir dos princípios com os quais uma pessoa foi criada, através da educação passada pelos seus parentais. O líder servidor emerge com valores como respeito, solidariedade, empatia e humildade, características predominantes do meio em que viveu e das experiências pessoais.

Ao contrário do que ocorre com um líder autoritário, tal modelo de liderança é facilitador e apoiador da equipe. Ele influencia muito pouco nas decisões, mas está sempre perto o suficiente para ajudar. Deve apontar o caminho a ser seguido e também dar o exemplo, pois o senso de utilidade das pessoas é um agente motivador e deve ser incentivado pela liderança.

“líder aparece mostrando a importância de cada um”

Tendo em vista que ninguém pode motivar o outro, uma vez que a motivação é gerada dentro de cada um por razões individuais, o líder humano aparece mostrando à equipe a importância de cada um no processo, sendo transparente em relação às metas e aos resultados e proporcionando condições para tomada de decisões, com foco em melhores resultados.

É preciso ter em mente que os liderados podem até errar, mas caberá ao líder medir os impactos. Com os riscos calculados, deixar que as pessoas tomem suas próprias decisões não é um posicionamento difícil para a liderança. Em uma organização estruturada com base em servir, a motivação minimiza os riscos.

Relações de trabalho como fonte de transformação

As relações de trabalho podem ser transformadas a partir dos princípios de liderança servidora genuína (humana). O líder que se importa realmente com o outro, que tem paixão pelo faz, que gosta de gente, que olha nos olhos e que tem um relacionamento pessoal com sua equipe não teme os desafios. Ele sabe que as pessoas estarão comprometidas com sua liderança porque passaram a entender o que fazem e por que fazem. Um ambiente feliz é feito de pessoas felizes, justamente o foco do líder humano. Os resultados virão à partir daí.

Grandes líderes amam ser líderes, não por causa do poder, mas pelo impacto que podem criar sobre os outros. sentimentos como este nós só encontraremos em Grandes Seres Humanos.