O mapa não é o território
O mapa não é o território. Essa frase trás em si o sentido de que a realidade de algo não é necessariamente igual à ideia que temos sobre ela e, é um pressuposto muito valioso aprendido no PNL.
Um bom paralelismo é a diferença entre a bula e o medicamento ou mesmo entre o menu e a refeição. De facto tendemos a interpretar tudo através de nosso mapa mental e o ângulo é sempre redutor.
Note-se que um mapa de uma estrada, nem sempre consegue apontar possíveis buracos na via, partes do trajeto sem iluminação, riscos de assalto e outras questões totalmente imprevisíveis e circunstanciais.
Podemos aplicar este pressuposto a uma imensidão de situações e, provavelmente é gerador de mudanças, na forma como nos posicionamos, enquanto pessoas e enquanto profissionais.
A ideia que formamos sobre pessoas ou organizações, por mais segura que pareça, pode estar completamente desconectada da realidade.
Na verdade perdemos, por vezes, grandes oportunidades de construir relações pessoais e profissionais, porque não aceitamos a diferença entre “o menu e o prato”, na transição do nosso mapa (estático e limitativo) para a viagem pelo território (que é por natureza dinâmico e volátil).
No contexto das organizações, onde desenvolvemos um sentimento de pertença (emocionalmente e muito para alem do vinculo contratual), quando entendemos que o mapa não é um retrato fiel do território, vamos prontos para assumir os riscos e as possibilidades.
Normalmente nós acreditamos que vemos as coisas como elas são, quando os outros discordam do que vemos, concluímos então que o erro é deles, porque insistimos na nossa viagem em sentido contrário na faixa da autoestrada.
Epíteto, há cerca de 2100 anos, já dizia que não somos perturbados pelas coisas, mas pela opinião que temos sobre elas.
Se aplicado à nossa vida profissional, na relação com líderes, com os pares, com as equipas que gerimos, este pressuposto, pode ajudar a gerir os conflitos organizacionais, as ansiedades e os desalinhamentos.
Aceitando que cada um tem um mapa que nunca é objetivamente a reprodução do território, conseguiremos tornar menos complexo o exercício de entender diferentes perfectivas.