APRENDER e COMUNICARh – Leitura da Semana

Novembro traz novas leituras!

O que têm em comum Elon Musk e Bill Gates? Para além de serem bilionários, têm como mantra que dedicar uma hora do seu dia à leitura, perfazendo as cinco horas semanais, conduz mais eficazmente ao sucesso. E, a constante busca pelo conhecimento “paga o melhor interesse”, como diria Benjamin Franklin. Assim, para esta semana sugerimos:

Pensar Melhor, o poder de saber o que não sabemos – Adam Grant

A inteligência é vista como a capacidade de pensar e aprender, mas num mundo em rápida mudança há outro conjunto de competências cognitivas que importa ressaltar: a capacidade de repensar e de desaprender. No dia a dia, tendemos a preferir o conforto da convicção ao desconforto da dúvida, e é normal preferimos ouvir opiniões que nos fazem sentir bem em vez de ideias que nos fazem pensar. E por isso rodeamo-nos de pessoas que concordam connosco, quando deveríamos procurar quem desafia o nosso processo de pensamento. O psicólogo organizacional Adam Grant é especialista em abrir a mente das pessoas, e tem por princípio argumentar como se estivesse certo, mas ouvir como se estivesse errado. Neste livro, revela que ser inteligente não é necessariamente uma bênção. Quanto mais brilhantes somos, mais cegos nos podemos tornar às nossas limitações. É por isso que, se o conhecimento é poder, então, saber o que não sabemos é sabedoria.

O Erro de Descartes – António Damásio

O Erro de Descartes conduz o leitor a uma viagem de descoberta desde a história de Phineas Gage, o famoso caso oitocentista de alteração comportamental após lesão cerebral, até à recriação moderna do cérebro de Gage; e das dúvidas de um neurologista sobre uma hipótese testável relacionada com as emoções e o seu papel fundamental no comportamento racional humano. Com base nas suas experiências em doentes neurológicos afetados por lesões cerebrais, António Damásio demonstra como a ausência de emoções pode prejudicar a racionalidade. Ao explicar como a emoção contribui para a razão e para o comportamento social adaptativo, Damásio oferece-nos também uma nova perspetiva do que as emoções e os sentimentos realmente são: uma perceção direta dos nossos próprios estados físicos, um elo entre o corpo e as suas regulações que visam a sobrevivência, por um lado, e a consciência, por outro. Tão profundo no seu humanismo como no aspeto científico, O Erro de Descartes leva-nos a concluir que os organismos humanos estão dotados, desde que nascem, de uma apaixonada inclinação para fazerem escolhas que a mente social utiliza para criar comportamentos racionais. Escrito com clareza e elegância, este livro provocou animadas discussões e mudou para sempre a visão que temos da relação entre mente e corpo.

O Homem em Busca de um Sentido – Viktor E. Frankl

Nos seus momentos de maior sofrimento, no campo de concentração, o jovem psicoterapeuta Viktor E. Frankl entregava-se à memória da sua mulher – que estava grávida e, tal como ele, condenada a Auschwitz. Conversava com ela, evocava a sua imagem, e assim se mantinha vivo. Quando finalmente foi libertado, no fim da guerra, a mulher estava morta, tal como os pais e o irmão. No entanto, ele alimentara-se de outro sonho enquanto estava preso, e, este sim, viria a realizar-se: projetava-se no futuro, via-se a falar perante um público imaginário, e a explicar o seu método para enfrentar o maior dos horrores. E sobreviver. Viktor E. Frankl sobreviveu. E até morrer, aos 92 anos, divulgou por todo o mundo o método desenvolvido no campo de concentração – a Logoterapia.

O psicoterapeuta descobriu que os sobreviventes eram aqueles que criavam para si próprios um objetivo, que encontravam um sentido futuro para a existência – fosse ele, por exemplo, cuidar de um filho ou escrever um livro. Em O Homem em Busca de um Sentido, escrito em 1946, o autor narra na primeira parte a sua dramática luta pela sobrevivência. E na segunda, em breves páginas, sintetiza os mais de 20 volumes ao longo dos quais desenvolveu o seu método – aplicável a qualquer pessoa, em qualquer circunstância da vida.

Boas leituras!

Fonte: Wook