Identificação, selecção e retenção de talento na Grupel: contexto e desafios.

Sempre que surge uma necessidade na esfera do talento, que não consiga ser colmatada pelo potenciar do crescimento de alguém que já esteja integrado na estrutura da empresa – algo que valorizamos bastante – a solução passa, inevitavelmente, por uma auscultação ao mercado de trabalho.

Somos criteriosos nesta procura, e temos muito presente que o ADN da Grupel é forte e com características muito particulares, que são geralmente partilhadas por empresas em fase de crescimento rápido e activas num mercado muito competitivo.

Com esta realidade em mente procuramos essencialmente profissionais que encaixem na nossa cultura de empresa, que tenham um posicionamento e forma de estar semelhante à nossa, por forma a aumentar a taxa de sucesso sempre que somamos talento, ao nosso. A nossa equipa é caracterizada pela sua Polivalência, e vive de forma muito confortável numa cultura onde muitas responsabilidades ainda têm os limites esbatidos. Por este motivo, entre outros, a autonomia e o Espírito de Equipa são vividos de uma forma muito intensa, por aqui! Por outro lado, aliado a esta polivalência e espírito de equipa, procuramos Potencial e Curiosidade, imperativos à progressão na carreira que se pretende que acompanhe o ritmo de crescimento da empresa. O factor Mudança tem de ser apreciado (e celebrado!) e não representar um factor de stress ou de instabilidade pessoal.

Ter capacidade de se reinventar e ser polivalente são, na minha opinião, competências de sucesso e de retenção na Grupel. No fundo, a capacidade que cada um de nós tem em se manter motivado e organizado num ambiente em constante mutação, ter potencial para requalificação e crescimento para novos postos e responsabilidades, ao mesmo tempo em que apresenta soft skills fora-de-série são, garantidamente, auxiliares à retenção e à felicidade profissional. A flexibilidade extrema é um conceito que nos caracteriza e que, em muito, nos faz bem.

Somos uma empresa exportadora e é incontornável trazer para dentro da equipa competências linguísticas, que nos ajudem a chegar a mais, e mais longe. Trabalhamos também todos os dias para potenciar o grupo, e apoiamos quem pretenda adquirir ou desenvolver as suas competências nesta área.

Por sentirmos necessidade de fazer crescer as nossas pessoas, naturalmente ambiciosas, e aliando à realidade da difícil busca por talento e preenchimento de posições dentro da equipa, a complexidade e singularidade do nosso produto, fazemos um investimento significativo em formação. Esta pode, por um lado, ser formal: desde uma Grupel Academy, que acompanha o enquadramento técnico do nosso produto, consoante os diferentes níveis de complexidade, a outras formações identificadas no plano de desenvolvimento pessoal, e estreitamente alinhadas com os objectivos da empresa e responsabilidades do posto. Por outro lado, e num registo mais operacional/prático, a formação pode também tomar forma em contexto de trabalho, no posto, e ficando à responsabilidade de um Grupel Buddy, em regra o elemento mais sénior da equipa.

É incontornável referir que os social media mudaram completamente a forma como comunicamos com o mercado de trabalho e a percepção exterior daquilo que é trabalhar na Grupel. As nossas pessoas são embaixadoras e activadoras da marca, ajudando na avaliação se a Grupel será ou não um bom investimento para o futuro. No fundo, contribuem activamente para o nosso Employer Branding, em particular ao nível do mercado de trabalho local, onde continuamos a ter uma presença importante. Num mundo em que quem procura emprego tem cada vez mais um perfil de consumidor, a Grupel é avaliada como uma empresa com rosto, na forma de todas as nossas pessoas. Elas estão envolvidas na manutenção da cultura, têm orgulho na empresa, e tudo isto torna o processo muito mais genuíno.

Por fim, é importante referir que a pandemia evidenciou a realidade do trabalho remoto como algo possível em muitas funções o que, em toda a medida, levanta muitas questões pertinentes ao nível da organização do mercado de trabalho, ao esbater de limitações geográficas e alterar o posicionamento do talento. Aqui existem, em simultâneo, riscos e oportunidades, e nós, como sempre, posicionamo-nos não só para não perder competitividade, mas também para ir ao encontro do que nos sugerem as nossas pessoas. Esta flexibilidade e adaptabilidade é essencial para atrair e reter o talento que procuramos.

Também como resultado da pandemia sentimos muitas das características do nosso ADN, elencadas anteriormente, como grandes mais-valias à nossa manutenção do negócio e do bem-estar interno. Sem uma cultura ágil e integradora da mudança, teria sido significativamente mais difícil. Tivemos desafios, naturalmente, e a transição para
um contexto de instabilidade tão grande como aquele em que estamos, e que de forma tão invasiva nos limita liberdades individuais e perturba rotinas e organização familiar, não é fácil. Sentimos uma necessidade interna de monitorizar mais regularmente não só o bem-estar mas também a cultura, adaptando-nos, assim, aos desafios da distância física e do (des) equilíbrio vida pessoal/profissional, em particular em confinamento.

Mas a verdade é que fazemos um balanço positivo deste percurso e estamos seguros de que a nossa capacidade de resposta “ao toque” foi a grande responsável por termos conseguido gerir todos os (novos) desafios como gerimos. Não nos descolámos uns dos outros, ou desagregámos enquanto grupo, o que, no fundo, é um resultado fenomenal para a equipa, dadas as circunstâncias. Eu, também, tenho muito orgulho por fazer parte desta empresa e, a ter de passar por tudo isto novamente, escolheria este grupo de pessoas e não outro, sempre.