Mulheres: uma jornada de luta, superação e conquistas

A carreira no feminino tem sido um tema de discussão cada vez mais relevante nos últimos anos. Embora as mulheres tenham conquistado muitos avanços no mercado de trabalho, ainda há uma grande desigualdade de gênero em termos de oportunidades e remuneração.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres representam 44,5% da população economicamente ativa no Brasil. No entanto, elas ainda enfrentam muitas barreiras no mercado de trabalho, como a falta de acesso a cargos de liderança e a diferença salarial em relação aos homens.

Outra pesquisa, conduzida pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), revela que as mulheres são maioria em áreas como saúde, educação e serviços domésticos, enquanto homens são maioria em áreas como engenharia, TI e finanças. Essa segregação ocupacional limita a diversidade de gênero em determinados setores, o que pode prejudicar a inovação e a produtividade.

No entanto, existem algumas medidas que podem ser implementadas para garantir a igualdade e equidade de gênero em diferentes contextos, como no ambiente de trabalho, na educação, na política e na sociedade em geral. Algumas dessas medidas incluem:

-Políticas de igualdade de gênero: A implementação de políticas públicas e empresariais que visem garantir a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, como cotas de gênero em cargos de liderança, programas de inclusão de mulheres em áreas predominantemente masculinas e medidas para eliminar a diferença salarial entre gêneros.

-Educação para a igualdade de gênero: A promoção de uma educação que estimule o respeito à diversidade e a igualdade, com o objetivo de eliminar preconceitos e estereótipos de gênero desde a infância.

-Licença-paternidade: A oferta de licença-paternidade para que homens possam participar mais ativamente dos cuidados com os filhos, incentivando uma maior divisão das responsabilidades domésticas e familiares.

-Empoderamento feminino: A promoção de programas de liderança e empreendedorismo feminino, para que mais mulheres tenham acesso a posições de liderança e possam abrir seus próprios negócios, gerando renda e fortalecendo a economia.

-Combate à violência: A implementação de políticas públicas para combater a violência de gênero e promover a segurança das mulheres, como a criação de delegacias especializadas em atender casos de violência contra a mulher e a oferta de abrigos para mulheres vítimas de violência doméstica.

O livro “Igualdade de Gênero no Trabalho”, de Susan J. D. Brooks e Letícia Bartholo, destaca que as empresas podem adotar políticas de inclusão, como a diversidade de recrutamento e a equidade salarial, para promover uma cultura mais igualitária no local de trabalho, promovendo muitos benefícios para as empresas, incluindo maior inovação, maior produtividade e melhor desempenho financeiro.

É importante mencionar que as mulheres têm lutado por seus direitos e por igualdade ao longo da história, então seguem abaixo alguns marcos importantes dessa jornada:

-Direito ao voto: A Nova Zelândia foi o primeiro país a conceder o direito de voto às mulheres, em 1893. Aqui no Brasil, foi concedido em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas. Na época, o voto era restrito às mulheres com mais de 21 anos, alfabetizadas e que tivessem renda própria.

-Direitos reprodutivos: A pílula anticoncepcional, que foi aprovada em 1960 nos Estados Unidos, teve um enorme impacto nos direitos reprodutivos das mulheres. No Brasil, a lei permite o acesso ao aborto em casos de estupro, risco de vida da mãe ou quando o feto é anencéfalo. Além disso, o país também tem políticas públicas para o planejamento familiar e saúde sexual e reprodutiva das mulheres.

-Participação na força de trabalho: As mulheres têm conquistado cada vez mais espaço no mercado de trabalho. Na década de 1950, apenas 29% das mulheres nos Estados Unidos estavam empregadas. No Brasil, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro era de 53,1% no primeiro trimestre de 2021.

-Direitos civis: A luta pelos direitos civis das mulheres foi um marco importante na luta pelos direitos das minorias. No Brasil, por exemplo, existe a Lei Maria da Penha, que pune a violência doméstica e familiar contra a mulher e a Lei do Feminicídio, que reconhece o assassinato de mulheres como crime hediondo.

-Participação política: As mulheres têm lutado por representação política em todo o mundo. Em 1994, a ONU adotou a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, que reconheceu o direito das mulheres à participação política em igualdade de condições com os homens.

É necessário destacar que a luta pela igualdade de gênero é contínua e requer o comprometimento de toda a sociedade para promover mudanças significativas e duradouras. Por fim, fica a reflexão:

“O empoderamento feminino é a chave para a construção de uma sociedade mais justa e
igualitária, onde as mulheres possam ser protagonistas de suas próprias histórias e alcançar
seu pleno potencial.”